sábado, 10 de novembro de 2012

Conveniência, Comodismo ou Covardia?


Já dizia Matta e Silva, que a indiferença, o comodismo, pode não ser conivência direta com o erro, com a exploração, mas talvez seja uma covardia espiritual.
Dizia mais, que aqueles que podem de alguma maneira cooperar no combate a
ignorância religiosa, à exploração sob qualquer aspecto já estão com o “dedo do astral” em cima. Que já foram apontados, fichados para esse mister.
É óbvio, que de maneira alguma, quis o velho Mestre dizer, que alguns eram mais evoluídos que outros, pois todos nasceram munidos de todas as possibilidades possíveis, entretanto, o livre arbítrio de cada um, permite a escolha daquilo que quer fazer com esta munição. O que talvez, muitos ainda não saibam, ou não tenham tomado consciência, é que todo direito dá deveres, portanto se você escolheu não fazer, saiba que terá o dever de arcar com as consequências de sua escolha. Essa é a Lei de Causa e Efeito.
Uma coisa é não fazer por não saber; outra coisa, é não fazer por não querer, por comodismo, ou por covardia.
Covardia? Sim! Porque toda escolha tem uma consequência, e todos sabemos que fazer também provocará um efeito, e precisamos estar preparados para ele. E tal efeito será bom ou ruim, dependendo da maneira com que lidaremos com ele; dependendo do nosso olhar a este efeito. E quem deixa de fazer algo por medo, é covarde!
Reza um velho ditado, que o pior mal, não está naquele que o pratica, mas naquele que podendo, nada faz para evitar que o mal continue. O que preocupa de verdade, não são os atos de alguns, mas o silêncio de muitos. E por isto, todos responderão.
Quando nada fazemos para evitar que a ignorância perdure, seja ela em qualquer área de nossas vidas, nossa postura é de comodismo do egoísta ou conivência ou covardia.
E ainda, citando Matta e Silva, ninguém foge a luta moral, ao combate espiritual, sem cair nas injunções sombrias do seu próprio Karma, pois ninguém dá as costas ao cego de espírito, aos de entendimento ofuscado e sobretudo aos que somente estão esperando “uma gota de luz”, tendo meios pra isso, sem que sofra as conseqüências de sua covardia espiritual.
Se acomodar por medo de estar incomodando alguém, é ilusão, pois, de qualquer forma iremos incomodar. Repetindo: qualquer escolha trará sempre uma consequência. A escolha de fazer algo, ou não, sempre trará uma consequência.
Portanto, se você pode e tem para dar, faça e doe, pois como já foi dito em outros escritos, a caridade é um processo de mão dupla. Ninguém ajuda, ou faz “caridade” pro outro; fazemos por nós mesmos. É na nossa ficha Kármica que constará o “crédito”. Porque todo aquele que faz  o possível para ajudar na evolução de seus semelhantes, está na verdade, fazendo por ele mesmo.
E nós, umbandistas não só de fato e de direito, mas muito mais de deveres, conhecemos o efeito da Lei: “é dando é que nos credenciamos a receber”.
Ler obras espiritualistas, esotéricas, espíritas e mesmo os Evangelhos, só para o seu “bem-estar”, não se preocupando em elucidar, quando tem oportunidade, é uma forma de egoísmo muito prejudicial a você mesmo.
E finalizo esta postagem com uma dica de Matta e Silva, que pagou todas as consequências, pela escolha de cumprir sua missão, que era iluminar o caminho de todos, principalmente a nós, umbandistas: Aquele que se inteira das grandes verdades pelas luzes que lhes são próprias deve espalhá-las, deve reparti-las, sempre que puder, sem que, com isso, queira apagar sozinho a “imensa fogueira do mundo”, porém, dê o seu “copo de água”.

Paz e Luz!

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