O Amor
Quando chegares ao Santuário
Sagrado,
Empunha tua Espada por Amor, não
por desejo.
E quando ali deixares, no Cálice
Sagrado de meu Altar,
o elixir da vida, me ame, não me
profane.
E tu me pediste que eu falasse
do Amor. Mas como falar sobre algo que muito mal o sei sentir?
Como falar de algo que mal
posso provar existir? Que dele nada posso saber, apenas posso crer. Como falar
dele, O Amor? Se não há peso, volume ou extensão, apenas um reflexo em cada
coração?
O Amor é como Deus, nada
sabemos, e apesar do não saber, cremos ou não. O Amor, assim como Deus, está
fora do alcance do nosso grau atual de compreensão. Entretanto, sua existência
é sentida por nós em suas manifestações. E se nada podemos dele saber, é por
pura limitação humana.
E tal limitação nos restringe
inclusive, do seu pleno sentir. Pois assim como “ver Deus face a face” não nos
é possível; sentir o Amor Incondicional também o é. E isto se dá por nossa
condição humana; por essa nossa ignorância, causada por egoísmo, orgulho, vaidade
etc. Aliás, arrisco-me a dizer, que a grande fonte de todo sofrimento é o
egoísmo.
O nosso Amor é sentido ou pelo
Fogo da Paixão, do desejo; ou pelo Calor do nosso coração. E embora, estes
ainda não sejam o Amor, são eles os caminhos que teremos que percorrer para
chegar à fonte primeira e pura.
Não há como fingir que não
somos humanos. Não há como fazer de conta que somos altamente espiritualizados,
fugindo daquilo que realmente viemos fazer aqui: VENCER A MATÉRIA! E só é vencedor aquele que enfrenta a batalha;
aquele que entra em campo para o combate, para lutar. Não para destruir os seus
pseudos inimigos, mas sim, transformá-los em seus aliados. Porque todo desafio
traz em si uma oportunidade, assim como todo inimigo, a aliança para a
superação, transmutação e evolução.
E todo aquele que quer sentir
o Amor em sua plenitude, há de sentir o Fogo da paixão em suas entranhas,
levá-lo até o seu coração transformando-o em Calor, retornar ao Fogo da Paixão
em um SACRO-OFÍCIO, regenerando qualquer impureza que ali exista e finalmente
percorrer o caminho de volta ao coração, deste ao seu Mental, a fim de que o
Amor então, seja LUZ; seja incondicional.
Os livros sagrados estão
repletos de símbolos para que entendamos o Amor. No entanto, precisamos
aprender a ler nas entrelinhas.
Quando alguém escreveu que uma
Virgem deu a luz a um Messias, embutiu neste símbolo todo o processo do Amor.
Pois um Anjo virá anunciar o nascimento do nosso Cristo, quando o Fogo da
Paixão de nossas entranhas chegar em nosso coração. E neste momento, teremos
que voltar ao estábulo (sede de nosso desejo físico), fazer nascer ali o nosso
Cristo, junto aos animais existentes do local (representação de nossos
instintos), transformando-os em nossos aliados, pois nos ajudarão por 12 anos
(12 signos= 4 elementos em 3 níveis (Físico, Emocional e Mental), nossa 1ª
Iniciação. Pois só a partir deste momento, poderemos então entrarmos no Templo
dos Anciãos (nosso coração) e começarmos nossa 2ª Iniciação.
No Templo dos Anciãos, existem
21 lições, as quais teremos que absorver de tal forma, a fim de estarmos
preparados para a nossa 3ª e última Iniciação: VOLTAR A SEDE DOS INTINTOS E
REGENERARMOS TODOS OS SENTIMENTOS QUE ALI EXISTEM.
Esta volta tem como prêmio no
plano físico uma coroa de espinhos e a crucificação, porém, o passaporte
definitivo à Casa do Pai, ao nosso verdadeiro Lar, ao Amor Incondicional.
Paz e Luz!
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